Esteve em visita a redação da NG Revista, o escritor lagoense, Zenair Borin que, neste ano, lança mais uma obra. Ele foi recepcionado pelo jornalista Marcos Roberto Nepomuceno.
Denominada de “Inquietações”, a obra foi escrita ao longo de largos anos. E pouco do que nela se encontra esboçado, afirma o autor, fora vivido por ele. E, se algumas passagens, se mostram expressas na primeira pessoa, é mais para lhes conservar a beleza que a proximidade encerra nas coisas. Sendo, em sua grande maioria, os trechos que a compõem, recebida de contemplações, criadas, imaginadas ou compradas à custa de olhares. Olhares, àqueles, que, sendo a prazo, aos escrevê-los, o escritor vem saldar a dívida.
O autor adverte, ainda, ao seu perspicaz leitor e a sua inteligente leitora, que pode ocorrer, às vezes, de um pensamento ou trecho poético contradizer outro desta mesma obra. Por exemplo, um ser altruísta, outro misantropo; um falar de amor, outro de desamor; um ser engraçado, outro sério e reflexivo. Ou, um casto, outro lascivo e assim por diante… Visando respeitar os contrastes e as fases presenciadas, inventadas e colhidas pelo escritor e poeta em cada uma das estações da referida obra. E sendo todos eles mantidos para poderem acompanhar, e vestir melhor, o corpo estético e íntimo, de cada um e cada uma.
O escritor Borin acrescenta também, na medida em que se desculpa, o fato do livro não trazer uma separação específica por categorias. Em razão de cada pensamento conter uma ideia independente e nem sempre classificável a dado conjunto. Porém, contrapondo a falta, na inquietude da obra se poderá notar que ele buscou, até certo ponto e com certa ordem, retratar e resumir o que compõe o escrito além da separação por letras, através de minitítulos, que, cada um deles, num chapéu colorido e cômodo, a sua medida, de suas mãos, recebeu. Junto a isso, similar a um sonho bonito que termina de modo frustado e que, ao se acordar, se passa o dia deprimido, também se sente, pelos pensamentos, que lidos, nos lábios do leitor ou da leitora, não desbrocharam.
Ao finalizar, o autor, escritor de alma poética, faz um pedido único e especial, como a súplica a seu nobre leitor e sua estimada leitora, de que eles se permitam, durante a leitura, serem ousados e pensarem em alguém. Como naquelas perguntas de quando se é jovem, feita por amigos(as) para tentar descobrir que garota(o) gosta dele(a), mesmo que, para isso, seja necessário, às vezes, mudar mentalmente, durante a leitura, o gênero de algumas palavras. E que eles(as) também se permitam deixar fluir os sentidos estagnados, através do sentir, refletir e sonhar, em cada trecho da leitura.
LANÇAMENTO
O lançamento da obra “Inquietudes” acontece no dia 20 de julho, na Casa da Cultura, no espaço da Biblioteca Pública.
A obra estará a venda na Cia. do Estudante no valor de R$ 30,00.
Foto: Marcos Roberto Nepomuceno