Foi enterrado ontem, sexta-feira, 17, o corpo de Angellina Victoria Fontana de Godoy, três anos, que morreu após ter sido atropelada por um ônibus escolar em São José do Ouro, no norte do Estado. A morte foi confirmada na madrugada desta sexta-feira (17), após a menina ficar internada por seis dias no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo.
O acidente aconteceu no último dia 10, quando Angellina retornava da escola acompanhada da irmã de sete anos. Ao descer do transporte, o motorista arrancou o veículo e atingiu a menina.
Angellina estava no maternal da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Maria Helena Morelo, onde ingressou aos cinco meses de vida. A diretora, Sônia Moreira Machado, diz que a menina se destacava dos demais alunos pelo vocabulário e pelo carisma.
– Era muito esperta e tinha um vocabulário bastante evoluído para idade dela. Ela era diferenciada, muito ativa, sempre percebemos o desenvolvimento a frente no falar e nas atitudes. Ela surpreendia a gente.
Angelina também tinha facilidade em fazer amizades e a relação com as professoras era como se fosse familiar. Só ficava triste quando precisava acordar cedo.
– Era uma menina de ouro, muito carinhosa conosco. Vou guardar aquele sorriso esperto dela. Com certeza deixa um vazio muito grande — finaliza Sônia.
A professora atual, Marivane Caprin, conta que a relação de carinho entre elas era tão grande, que dividiam apelidos, se referiam como “fadinha” e “bruxinha”. Também destacou que ela falou e caminhou antes dos demais colegas.
– Parece que ela tinha uma coisa diferente, era uma criança iluminada.
Abalada, a família não quis se manifestar. O corpo de Angellina foi enterrado nesta tarde, na localidade de Cerro Azul, onde residem os familiares.
Investigação
O delegado Fernando Castro de Vargas, responsável pelo caso, afirma que investiga o motorista por homicídio culposo e que estudantes devem prestar depoimento para relatar o que aconteceu no momento do acidente, assim como uma testemunha. Não há prazo para conclusão do inquérito. O advogado da família, Reginaldo Leonel Ferreira, disse que pediu às autoridades a cassação da habilitação do motorista, que não teve o nome divulgado.
Fonte: GaúchaZH
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