Reflorestamento: centésima muda de araucária é plantada na RPPN da UPF

Iniciativa faz parte de um projeto desenvolvido com foco em aumentar a produção da espécie, que está ameaçada de extinção

Há cerca de um ano, um grupo de professores, estudantes e parceiros atua no plantio de mudas de araucárias na Reserva Particular do Patrimônio Natural da Fundação Universidade de Passo Fundo (RPPN/FUPF). O objetivo da iniciativa é aumentar a produção da espécie, que é fundamental para a natureza e está sob ameaça de extinção. Após meses de trabalho e diversas ações de plantio, o grupo atingiu a marca de 100 mudas plantadas no espaço.

A iniciativa faz parte do projeto “Sequestrando carbono com árvores nativas estratégicas para a fauna silvestre”, desenvolvido pelo Laboratório de Manejo da Vida Silvestre da UPF, com a finalidade de aumentar a produção da espécie e melhorar as condições de vida da fauna silvestre, já que a semente da araucária, o pinhão, é utilizada como alimento por mais de 70 espécies de animais.

Ao todo, o projeto prevê o plantio de 400 mudas do pinheiro-brasileiro na RPPN da UPF, um espaço de conservação da natureza, que conta com mais de 30 hectares de áreas protegidas e abriga diversas espécies da fauna e da flora. As mudas são produzidas no próprio laboratório e na Floresta Nacional de Passo Fundo.

Segundo o coordenador do Lamvis, professor Dr. Jaime Martinez, por necessitar de bastante incidência de luz para se desenvolver, a araucária tem dificuldade de se renovar dentro das florestas e por isso depende do manejo dos seres humanos até que consiga acessar o alto da floresta, com sol. “Estamos fazendo o monitoramento das mudas praticamente toda semana e temos verificado uma taxa bem boa de evolução delas. As que têm alguma dificuldade de se desenvolver nós fazemos a reposição. É importante destacar que estamos plantando em áreas de recuperação ambiental, principalmente, nos capoeirões, que são o ambiente propício para a araucária. Ela precisa de muito sol, então estamos atuando numa restauração ecológica bem tranquila e com sucesso de efetividade”, afirma o professor, ao destacar que os processos de monitoramento e replantio vão seguir nos próximos anos.

O projeto tem o envolvimento do Green Office UPF e da Floresta Nacional de Passo Fundo, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Projeto Charão/Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA). Também são parceiros da iniciativa o Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) e o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCiamb) da UPF.

Fotos: Caroline Lima

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