Governador Eduardo Leite cobra resposta efetiva do governo federal à crise do campo no RS

Durante reunião realizada na sede da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), na segunda-feira, 16 de junho, o governador Eduardo Leite voltou a cobrar do governo federal uma resposta mais clara e efetiva à grave crise enfrentada pelo setor agropecuário gaúcho. O encontro contou com a presença de mais de 200 prefeitos, além de representantes de entidades como Farsul, Fetag, CNM, Assembleia Legislativa, Câmara, Senado e bancada federal gaúcha.

Leite enfatizou que o Estado não solicita privilégios, mas sim um tratamento isonômico, similar ao concedido a outras regiões do país em situações de calamidade. “O Rio Grande do Sul não pede privilégio. Pede o mesmo tratamento que a União oferece a outras regiões em momentos de crise”, afirmou.

O governador voltou a defender o uso de recursos do Fundo Social do Pré-Sal para viabilizar a renegociação das dívidas dos produtores rurais, que somam R$ 27,7 bilhões com vencimento ainda este ano. Leite alertou que o RS é o Estado mais impactado economicamente por eventos climáticos extremos nos últimos anos, com perdas que equivalem a 60% do PIB anual.

Impactos sucessivos e apelo à sensibilidade federal

“Ao longo dos últimos seis anos, o Rio Grande do Sul perdeu safras que equivalem a 60% do PIB do Estado. Esse é o tamanho do impacto, algo que nenhum outro Estado brasileiro viveu. É completamente diferente, desproporcional com o que ocorre em relação a eventos climáticos em outras regiões do país”, destacou.

O governador também apontou falhas na resolução do Conselho Monetário Nacional, por não incluir dívidas com cooperativas e cerealistas, além de dificultar o acesso com entraves burocráticos. Ele ainda solicitou a inclusão do Ministério da Fazenda no grupo de trabalho interinstitucional que debate o tema.

Ações do governo estadual

Na ocasião, Eduardo Leite apresentou medidas já implementadas pelo Executivo estadual, como o Terra Forte, programa que prevê investimento inicial de R$ 300 milhões, a subvenção integral ao Troca-Troca de Sementes e os repasses para manutenção das estradas rurais, fundamentais para o escoamento da produção.

Para Leite, a união de forças entre as instituições públicas e entidades representativas é essencial para ampliar a visibilidade e pressionar por ações efetivas em Brasília.

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