Estado reforça monitoramento da Covid-19 em cidades na fronteira com Argentina e Uruguai

A Secretaria da Saúde (SES) publicou, nesta quarta-feira (26/5), uma nota informativa sobre a vigilância para fronteiras e localidades de emigração e imigração. As medidas visam reforçar as ações de contingência a possível entrada no Estado de novas variantes do coronavírus, em especial a indiana, que já foi identificada na Argentina.

Chamadas de variantes de preocupação (VOC, em inglês “variant of concern”), as linhagens B.1.617.1 e B. 1.617.2, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), têm evidências de apresentarem maiores taxas de transmissão. Essas novas mutações do coronavírus explicam o expressivo aumento de casos e óbitos no país asiático nos últimos meses.

O reforço nas ações se justifica pelo fato de que o Rio Grande do Sul é o Estado com maior número de municípios na faixa de fronteira com outros países, totalizando 13 arranjos fronteiriços, ou seja, agrupamentos de dois ou mais municípios com forte integração populacional, devido à circulação de pessoas para trabalho ou estudo ou à continuidade de uma mesma área urbana.

Às vigilâncias desses municípios de fronteira, a orientação da SES é que monitorem moradores com a Covid-19 confirmada por teste rápido de antígeno para que possa vir a ser realizada uma nova coleta de amostra para envio ao Laboratório Central do Estado (Lacen/RS), desde que essa coleta seja possível e com o consentimento do paciente. Dessa forma, será possível realizar novos exames para identificar o tipo de variante em circulação.

Outras ações descritas na nota visam monitorar, estimular e garantir o isolamento familiar efetivo de pessoas confirmadas, identificar pessoas com sintoma respiratório para realização de testagem oportuna e realizar a busca ativa de pacientes faltosos à realização da segunda dose da vacina contra o coronavírus.

À população, a orientação da SES é para manter os cuidados preventivos. “As variantes são novas, mas os cuidados são os mesmos”, destaca a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Molina Bastos. “As variantes de preocupação são esperadas entre os vírus. A frequência de diferentes cepas é proporcional à multiplicação do vírus, ou seja, quanto maior o número de casos em circulação, maior o risco de identificação de novas variantes”, explica.

RECOMENDAÇÕES

• Uso correto de máscara, bem ajustada ao rosto, cobrindo o nariz e a boca.
• Lavagem frequente das mãos.
• Manutenção do distanciamento físico, preferencialmente superior a dois metros entre pessoas que moram em domicílios diferentes.
• Garantia da ventilação natural e cruzada nos diferentes ambientes, em especial quando for imprescindível a permanência entre pessoas que moram em domicílios diferentes.
• Isolamento e testagem oportuna sempre que apresentar sintomas respiratórios.

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