Reportagem: Marcos Roberto Nepomuceno
O ano de 2025 representou um período de reafirmação, consciência e amadurecimento para Cristiane Machado, professora e presidente da Associação Lagoense dos Professores Municipais e Funcionários da Rede Municipal de Ensino (ALPM).
Educadora, dirigente associativa, cofundadora de um movimento de professores e mulher que concilia a vida pública com a maternidade, Cristiane viveu um ano intenso de reorganização e reflexão. Em um cenário marcado por desafios estruturais à educação pública, 2025 exigiu escolhas sustentadas por estudo, responsabilidade e compromisso coletivo.
Ao longo do ano, ficou ainda mais evidente, em sua avaliação, o papel central do professor na sociedade contemporânea: não apenas como transmissor de conhecimento, mas como formador de consciência crítica, valores democráticos e humanidade. Em meio à precarização do trabalho docente e às tentativas recorrentes de deslegitimação da educação pública, foi necessário firmeza para não naturalizar injustiças e lucidez para compreender que transformações reais não ocorrem sem organização, estudo e ação coletiva.
A atuação na defesa da educação pública, da valorização do magistério e dos direitos sociais se fortaleceu, pautada pela compreensão de que liderar não é ocupar espaços por vaidade, mas assumir responsabilidades com coerência, escuta e preparo. Para Cristiane, 2025 não foi um ano de atalhos, mas de construção sólida, cujo maior legado está na convicção de que coerência, formação e compromisso coletivo sustentam avanços duradouros.
Para 2026, a expectativa é de consolidação e ação consciente. Se o último ano foi de alinhamento de princípios, o próximo precisa ser o tempo de transformar ideias, estudos e projetos em práticas concretas, com impacto real na vida dos professores, das escolas e da comunidade.
Cristiane projeta aprofundar uma atuação que una educação, Direito e compromisso público, com responsabilidade social, liberdade intelectual e senso coletivo. Em sua visão, é pelo estudo, pela formação crítica e pela organização consciente que a sociedade avança e que o magistério se fortalece como sujeito político e social.
“Direitos não são concessões — são conquistas”, reforça. E, nesse caminho, a educação segue sendo o instrumento mais sólido para a transformação social.





