Por Marcos Roberto Nepomuceno | marcos@ngrevista.com.br
Após o encerramento do segundo turno das eleições municipais no Rio Grande do Sul, realizado no domingo, 27 de outubro de 2024, os resultados refletem um cenário diversificado e competitivo na distribuição das prefeituras entre os principais partidos políticos. Em uma eleição marcada pela disputa acirrada em algumas das principais cidades do estado, o Progressistas (PP) lidera o ranking com 165 prefeituras conquistadas, seguido pelo MDB, com 125, e o PDT, que obteve 50 municípios.
VITÓRIA NOS MAIORES CENTROS URBANOS
Nas cidades de maior importância estratégica e populacional, o segundo turno trouxe algumas surpresas. Em Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) garantiu a reeleição, mantendo a capital sob a gestão do partido. Em Canoas, o candidato Airton Souza, do PL, venceu a disputa, destacando o crescimento do partido em áreas urbanas influentes. Em Caxias do Sul, o PSDB se fortaleceu com a vitória de Adiló Didomenico, enquanto em Pelotas, Fernando Marroni, do PT, conquistou a prefeitura, simbolizando uma retomada do partido em uma cidade tradicionalmente polarizada. Santa Maria foi vencida por Rodrigo Decimo, também do PSDB, consolidando o partido como uma força relevante nas cidades de porte médio.
CONSOLIDAÇÃO E FRAGMENTAÇÃO PARTIDÁRIA
O cenário das eleições de 2024 no Rio Grande do Sul demonstra uma grande fragmentação e diversidade na preferência dos eleitores. Embora o PP tenha conquistado o maior número de prefeituras, o MDB mostrou-se competitivo e estratégico em cidades-chave. O PL, com 37 prefeituras, também ampliou seu alcance, fortalecendo sua base, principalmente em centros urbanos como Canoas. A entrada do PSDB no segundo turno em Caxias do Sul e Santa Maria evidencia um fortalecimento do partido em regiões urbanas, enquanto o PT, apesar de não estar entre os partidos com maior número de prefeituras, conseguiu um feito significativo ao vencer em Pelotas.
DISTRIBUIÇÃO EQUILIBRADA EM PEQUENOS MUNICÍPIOS
O PP e o MDB dominaram o interior, onde pequenos municípios compõem a maior parte das prefeituras do estado. Essa distribuição reflete a base histórica dos dois partidos na região e a preferência dos eleitores por lideranças locais mais tradicionais.
O PAPEL DA ALIANÇA PARTIDÁRIA
As alianças também se mostraram essenciais para o sucesso dos partidos em várias regiões. Embora o PDT tenha perdido nas maiores cidades, continua relevante com 50 prefeituras, resultado das alianças estratégicas com outros partidos, como o MDB e o PSDB, para consolidar suas bases no interior.
CONCLUSÃO
O resultado final das eleições municipais no Rio Grande do Sul revela não apenas a força de partidos consolidados como PP e MDB, mas também a ascensão de siglas como o PL e PSDB em áreas urbanas. Este segundo turno reforçou que o eleitor gaúcho está atento às propostas e ao histórico de cada partido, valorizando a experiência e o compromisso com as necessidades locais.
As novas gestões municipais terão agora o desafio de cumprir as expectativas dos eleitores e enfrentar as questões econômicas e sociais de seus respectivos municípios. A configuração partidária resultante dessas eleições pode ainda influenciar o cenário estadual nas eleições futuras, indicando uma crescente competitividade entre os partidos e uma necessidade de adaptação às demandas dos eleitores.
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