COLUNA MARCOS ROBERTO NEPOMUCENO | Sucessão no PP de Lagoa Vermelha – quem assume o lugar de Bonotto?

A recente declaração do ex-prefeito Gustavo Bonotto, informando que não buscará a reeleição à presidência do Progressistas de Lagoa Vermelha, abre espaço para reflexões importantes sobre o futuro da sigla. A eleição, que será antecipada para 2025, marcará o fim de um ciclo sob a liderança de uma das figuras mais expressivas do partido — não apenas no plano local, mas em todo o cenário regional.

Bonotto foi prefeito por duas gestões consecutivas e se consolidou como liderança de referência, sendo frequentemente citado como um nome viável para a disputa de uma cadeira na Assembleia Legislativa ou até mesmo na Câmara Federal em 2026. Sua saída da presidência do PP, portanto, não significa afastamento político, mas um gesto de abertura: quer renovar o comando partidário e permitir que novas lideranças se desenvolvam, sem, no entanto, deixar de exercer sua influência.

A principal questão agora é: quem assumirá o comando da sigla? Dois nomes têm sido mencionados nos bastidores. O primeiro é o do secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Lucas Mota, que representa uma geração emergente e tem demonstrado habilidade política e técnica no exercício de sua função. O segundo é o do próprio prefeito Eloir Morona, que, apesar de citado, tem como prioridade maior governar para o povo de Lagoa Vermelha, missão que já tem exigido atenção total nos primeiros meses de mandato.

A sucessão dentro do PP não deve ser apenas uma troca de nomes, mas uma escolha estratégica. O partido precisa avaliar se a liderança futura deve estar vinculada a um cargo no Executivo ou Legislativo — o que pode limitar a dedicação à vida interna da sigla — ou se é mais prudente apostar em alguém que atue exclusivamente na articulação partidária, ouvindo as bases, planejando as ações políticas e consolidando a estrutura rumo a 2026.

O momento exige responsabilidade e visão de futuro. O Progressistas lidera o governo municipal, tem forte presença na Câmara de Vereadores e é parte essencial de uma aliança política que visa continuidade administrativa e crescimento institucional. A escolha de quem comandará o partido a partir de 2025 será decisiva para a estabilidade interna e para o posicionamento do PP nas próximas eleições.

A saída de Bonotto do comando não é um recuo — é parte de um movimento maior. A sua trajetória política, o capital acumulado em duas gestões e o respeito que conquistou o colocam em uma posição privilegiada. O desafio agora é preparar o terreno para que o Progressistas siga unido, coeso e preparado para os novos tempos.

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