A celebração dos 75 anos da SER Lagoense trouxe à tona um tema de extrema relevância para os dias atuais, levantado pelo prefeito de Lagoa Vermelha, Eloir Morona. Em sua manifestação, ele ressaltou o impacto das redes sociais na convivência humana, especialmente entre os jovens, e destacou a importância de espaços como a SER Lagoense para preservar os laços comunitários e o contato social.
Vivemos em uma era marcada pela hiperconectividade digital, onde as redes sociais ocupam grande parte do tempo de adultos e jovens. Apesar das inegáveis vantagens tecnológicas, a interação humana genuína muitas vezes tem sido substituída por telas e mensagens virtuais. Isso leva ao isolamento, à superficialidade das relações e ao enfraquecimento do espírito comunitário que historicamente uniu as pessoas em torno de clubes, festas, tradições e esportes.
As palavras de Morona ecoam como um chamado à reflexão: o que estamos perdendo ao priorizarmos o mundo digital em detrimento do contato humano? A SER Lagoense, que completou sete décadas e meia de história, é um exemplo vivo de como as interações presenciais moldam identidades, constroem amizades e criam memórias que se tornam parte da essência de uma comunidade.
Os momentos vividos no clube, como as festas, carnavais e atividades esportivas, representam mais do que simples entretenimento. São ocasiões que reforçam valores como solidariedade, cooperação e pertencimento — elementos essenciais para a formação de uma sociedade saudável.
Não se trata de condenar o uso das redes sociais, mas de reavaliar nosso equilíbrio entre o mundo virtual e o real. Vídeos e registros digitais têm seu valor, como bem pontuou o prefeito ao mencionar que esses materiais podem inspirar os jovens a redescobrir o que significa diversão de verdade: dançar, rir, conversar e compartilhar momentos com outras pessoas em um espaço coletivo.
A SER Lagoense é um símbolo da resiliência das tradições e do poder do convívio humano. Que o exemplo de sua história inspire outras instituições e comunidades a valorizarem mais os momentos presenciais e o fortalecimento dos laços sociais. E que, como Morona bem destacou, possamos voltar a viver em sociedade, redescobrindo a importância do contato humano para a construção de um futuro mais unido e solidário.
Foto: Ronaldo Gerevini