Em meio ao mês com maior incidência de casos de dengue no Rio Grande do Sul, o Centro de Operações de Emergência (COE) reuniu-se nesta quarta-feira, 16 de abril, com o objetivo de alinhamento estratégico das ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika.
Apesar de os números de 2025 estarem melhores do que os de 2024, a situação ainda é considerada preocupante. No ano passado, o Estado registrou 281 mortes e mais de 208 mil casos da doença. Já em 2025, até esta quarta-feira (16), foram confirmados 7.619 casos de dengue e cinco óbitos.
A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, destacou a necessidade de união entre os órgãos:
“Os números estão melhores em 2025, mas a situação ainda é preocupante, por isso necessitamos dessa união de esforços”.
O subchefe da Defesa Civil, coronel Santiago Castro, também reforçou o comprometimento do sistema estadual em atuar em conjunto com a saúde, especialmente em ações voltadas a municípios atingidos por estiagens, onde o armazenamento de água em cisternas pode contribuir com a proliferação do mosquito.
Entre os principais pontos discutidos na reunião do COE, destacam-se:
– Formação e qualificação das equipes de saúde e gestores municipais, diante das mudanças nas administrações locais;
– Reflexão sobre o manejo clínico dos casos de dengue;
– Reforço na comunicação e orientação da população e dos profissionais de saúde.
Alerta para aumento de casos de chikungunya
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) emitiu alerta para o aumento de casos de chikungunya no Estado, com destaque para o município de Carazinho, que já soma 116 casos e um óbito confirmado em 2025.
A chikungunya é uma doença febril viral com sintomas semelhantes aos da dengue, mas com ênfase em dores intensas nas articulações, que podem persistir por dias. Outros sintomas incluem febre alta, dores no corpo, calafrios, vômitos e manchas na pele.
A orientação para quem apresentar sintomas de dengue ou chikungunya é:
– Procurar atendimento médico imediatamente;
– Ingerir bastante água;
– Evitar automedicação.
Foto: Arthur Vargas