Por Marcos Roberto Nepomuceno
A eleição da nova Mesa Diretora do Legislativo de Lagoa Vermelha, marcada para 2025, já se desenha como um dos momentos centrais da política local. Com a base aliada formada por PP, PL e Podemos, que juntos detêm 8 das 11 cadeiras na Câmara, a expectativa é que a situação mantenha o controle da presidência ao longo de toda a gestão 2025-2028. Esse domínio fortalece a posição do bloco governista, garantindo uma liderança contínua e possivelmente evitando surpresas durante os quatro anos.
A eleição da Mesa ocorre anualmente, permitindo que até quatro presidentes diferentes assumam durante o mandato. A tendência é que PP e PL, as maiores bancadas, dividam entre si dois anos cada, conforme as articulações iniciais. Pelo lado do PP, com quatro cadeiras, já se especula que Luiz Carlos Kramer e Josmar Veloso sejam os nomes mais cotados para o primeiro ano. Ambos são políticos experientes, com peso dentro do partido, o que os coloca como favoritos para iniciar o ciclo.
No PL, a situação é um pouco mais incerta, já que dois dos três nomes cotados para a presidência são novatos. Márcio Marques, atual presidente, tem a vantagem de já estar à frente da Casa, o que pode lhe garantir a continuidade, mas tanto Cleon Piva quanto Viego Santos, ambos novatos, aparecem como potenciais sucessores. A dinâmica interna do partido pode influenciar a escolha, com Marques sendo uma aposta segura, enquanto Piva e Santos representam uma renovação nas fileiras do PL.
O Podemos, com apenas um vereador, ainda não manifestou publicamente suas intenções, mas o partido pode se contentar em desempenhar um papel coadjuvante, apoiando as decisões do bloco maior. Porém, com o equilíbrio político sempre sensível, o Podemos poderá tentar capitalizar sua posição estratégica, principalmente em negociações que envolvam futuras votações importantes.
Com uma base aliada sólida, a situação deve comandar a presidência da Câmara sem grandes obstáculos, ao menos no cenário atual. No entanto, a política é sempre um jogo dinâmico, e as movimentações nos bastidores podem trazer surpresas. A disputa pelos espaços de poder internos nas duas maiores bancadas, PP e PL, pode definir não só o nome dos presidentes, mas também o rumo das negociações e alianças ao longo dos próximos anos. A base oposicionista, composta por PDT e PT, com apenas três cadeiras, deve se manter em uma posição de resistência, embora sem força para barrar as decisões da situação.
O desenrolar das negociações para a presidência ao longo de 2025 promete não apenas definir os líderes da Casa, mas também traçar o cenário político que se desenvolverá nos próximos anos em Lagoa Vermelha.
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