O músico e escritor Duca Leindecker, patrono da Feira Regional do Livro e Cultura na Praça 2025, emocionou o público na noite de quarta-feira, 15 de outubro, durante a solenidade de abertura realizada na Praça Frei Matheus Dolzan, em Lagoa Vermelha. Com sua presença marcante e uma fala repleta de emoção, o artista destacou o poder da arte como ponte entre pessoas, ideias e gerações.
Em um relato sincero, Duca relembrou o início de sua carreira literária, quando lançou o livro A Casa da Esquina, que surpreendeu ao figurar entre os mais vendidos da Feira do Livro de Porto Alegre. “Eu era músico, roqueiro, e lancei um livro. E o livro acabou sendo o terceiro mais vendido da Feira de Porto Alegre. A partir daí, o Instituto Estadual do Livro começou a indicar a obra para as escolas, e comecei a ser convidado para feiras e universidades para falar sobre música e literatura.”
O patrono também compartilhou lembranças pessoais da infância e da influência da mãe, professora, em sua relação com os livros. “Perdi meu pai com oito anos e cresci vendo minha mãe trabalhar em três turnos para sustentar a casa. Nós dormíamos todos no mesmo quarto, e o outro era uma biblioteca. Isso mostra o valor que dávamos aos livros — mesmo em meio às dificuldades.”
Com seu estilo leve e envolvente, Duca interagiu com o público de forma descontraída, falando sobre preferências musicais e arrancando risadas. “Quem gosta de música levanta a mão? Quem gosta de literatura? Normalmente dá uns trinta por cento, mas hoje aqui tá bonito de ver — uns cinquenta! Quem gosta de rock? Ah, agora sim, tô em casa!”, brincou.
O artista ainda refletiu sobre o papel da arte e da educação. “A literatura e a música têm o mesmo propósito: comunicar sentimentos, provocar reflexões e aproximar as pessoas. A arte é o que nos torna humanos.”
Duca encerrou sua fala agradecendo o convite e parabenizando as prefeituras envolvidas pela realização do evento. “Ver toda essa galera reunida é emocionante. Parabéns ao prefeito, às prefeituras e a todos que fazem este evento acontecer. A cultura precisa de espaços assim — que valorizem o conhecimento, a leitura e a sensibilidade.”
Após o discurso, o patrono presenteou o público com um pocket show, relembrando sucessos da carreira e encerrando a noite com emoção e aplausos.
Foto: Marcos Roberto Nepomuceno
